Depois de um longo período em que o bebê se alimenta apenas de leite materno,veja algumas dicas de como incorporar as primeiras papinhas, as sopinhas e as frutas ao cardápio.
Sabemos que inúmeras são as dúvidas quando se trata de alimentação dos bebês, principalmente entre as mães de primeira viagem.
Quando iniciar? O que ofertar? Qual a quantidade correta? Horários?Entre outras…
Como nutricionista, reuni algumas dicas rápidas para ajudar a mãe e o filho nessa deliciosa transição.
Aos 6 meses de vida acontece uma grande mudança na vida do bebê: além do leite materno, ele inicia os primeiros contatos com novos sabores,alimentos sólidos- doces ou salgados, sendo papinhas de frutas,legumes e sopas.
Essa adaptação nem sempre é tão fácil. Algumas crianças nem sempre aceitam as novidades, gerando um estresse na hora das refeições.
O ideal na hora das refeições é tornar um momento prazeroso e cheios de descobertas.
Hábitos saudáveis começam pela amamentação: o recomendado é até os 6 meses de vida a amamentação exclusiva, nada de oferecer água, chás e sucos, somente leite do peito .Além de ser uma nutrição completa, estreitar laços afetivos,e ótima defesa imunológica,o alimento materno deixa lições que a criança guarda para o resto da vida; uma delas é a autorregulação - decidir quanto e quando vai mamar, e a quantidade suficiente,o recém-nascido aprende a lidar com a saciedade desde o nascimento, o que reduz o risco de obesidade no futuro . Nessa fase, seu filho também já começa a ter contato com os diferentes sabores dos alimentos,isso acontece porque o gosto do leite muda conforme a alimentação da mãe.Para as mamães que trabalham fora impossibilitando a amamentação, os pais devem fornecer fórmulas infantis prescritas pelo nutricionista ou pediatra. Isso vale especialmente para o primeiro ano de vida.
Nunca se deve substituir o leite materno ou fórmulas pelo leite de vaca integral, o que pode comprometer o desenvolvimento da criança. De acordo com estudos, o consumo da bebida láctea de origem animal nessa fase pode levar à sobrecarga renal devido ao excesso de proteína e sódio, além do baixo fornecimento de ferro, zinco e algumas vitaminas essenciais para o desenvolvimento da criança. Em outras palavras, há o risco de problemas cognitivos, anemia, prejuízo ao crescimento, falta de proteção contra infecções e mais vulnerabilidade a doenças.Oferte o melhor a seu filho.
A partir do sexto mês, é o período em que os pais devem introduzir as papinhas doces e salgadas na rotina alimentar dos filhos, juntamente com a amamentação, sendo assim serão quatro mamadas para duas papas.
Dica importante: jamais usar o liquidificador, que tritura sem piedade qualquer ingrediente, fazendo com que perca sua textura original confundindo assim o paladar dos pequenos - ficam sem referência e diferenciação dos mesmos.
Os nutricionistas e pediatras seguem uma receita clássica: a papinha deve ser pastosa, ou seja, você terá de amassar os alimentos nessa primeira etapa, para estimular os sentidos gustativos da criança.
Não existe restrição em relação às frutas a serem usadas, deve-se evitar as mais ácidas( no caso da laranja use a laranja-lima) . O importante é que elas sejam frescas - in natura.
Não oferte suco até 1 ano de vida, dê preferência a frutas.
A criança se adapta de acordo com a disciplina e horários estipulados pelos pais, mas essa adaptação deve ser feita de forma lenta e gradual.
Sugestão de como introduzir os alimentos;
1ª semana:
Leite materno em livre demanda ou fórmula
+ fruta uma vez por dia.
2ª semana:
Leite materno em livre demanda ou fórmula
+ fruta uma vez por dia + papa salgada (papa principal) no almoço
3ª semana:
Leite materno em livre demanda ou fórmula
+ fruta de manhã e à tarde
+ papa salgada (papa principal) no almoço e no jantar
A princípio se a criança não aceitar bem a nova rotina alimentar, complemente a refeição com o leite materno ou fórmula. Entre os alimentos que podem ser cozidos e amassados, estão as principais categorias: cereais ou tubérculos, leguminosas, carne (vaca e frango) e hortaliças (verduras e legumes). O óleo vegetal e sal devem ser usado em menor quantidade. As sopinhas podem ser preparadas, por exemplo, com batata, cenoura, caldo de carne-músculo, cebola, sal e azeite. Pode-se também incluir outros legumes, folhas e carnes.
Ofereça água no copo:Nessa nova fase, o bebê também deve começar a tomar água,o recomendado é no máximo 100 ml por dia. Sempre no copo para não ameaçar a amamentação com a confusão de bicos. Já os sucos, segundo recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria, devem demorar mais tempo para fazer parte do cardápio dos pequenos – oferecer a fruta in natura é sempre a melhor opção. Por isso, jamais substitua os alimentos sólidos por bebidas. Para matar a sede, dê a água e não o suco.
Importante saber:
A introdução dos alimentos sólidos pode gerar estranhamento e estresse na criança, fazer careta, cuspir o alimento, chorar são reflexos naturais, leve isso em consideração ao colocá-la no cadeirão. Com o tempo, ela se adapta e logo vai se render aos prazeres da comida, mas até lá, tenha bastante paciência, para não gerar traumas e rejeições desnecessárias.
Aplique a regra dos 15: caso ela rejeite algum alimento oferte no mínimo 15 vezes até que ela se adapte ao novo sabor, essa técnica se aplica com intervalo de dias, fazendo com que a criança aceite o novo alimento.
Fuja dos modelos de recompensa e de ameaças, ou broncas isso não faz com que aceitação aconteça de forma natural. O ambiente deve ser o mais tranquilo e aconchegante possível na hora da refeição.
O cansaço, a irritação e o nervosismo dos pais interferem no humor do bebê, fazendo com que rejeitem o alimento.Adotar horários fixos também é importante, assim o organismo do pequeno vai se acostumando à rotina.
Do nono mês até o primeiro ano de vida, o bebê deve passar gradativamente para a refeição da família, com ajuste gradual apenas na consistência dos alimentos.
Hábitos alimentares saudáveis são de extrema importância para toda família,se os pais comem lasanha congelada, sanduíches e pizza ou industrializados vários dias por semana, a criança terá dificuldades para criar uma alimentação saudável. O cardápio deve ter alimentos variados, coloridos e frescos.Uma dica valiosa é separar os alimentos para que ele sinta o gosto de cada um. Uma boa opção e optar por pratos infantis, que já vêm com divisórias. Procure também deixar seu filho apreciar o aroma da comida, feita na hora. Tudo isso vai despertar os sentidos dele. A reunião de toda a família à mesa é mais um fator importantíssimo para aceitação e alimentação saudável,seu exemplo é o que garante boas adaptações.
Portanto, é absolutamente recomendável, e de grande importância que a família siga uma alimentação saudável fugindo da monotonia, garantindo assim a qualidade e a saúde dos pequenos.
Serviço:
Ingrid C. San.Lopes Kelmer
Nutricionista
Especialista em Saúde da mulher
Nutrição materno-infantil
Mais informações: 031987461388
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Postado por Redação, no dia 02/06/2019 - 18:01