Seu rosto está por toda parte: ruas, ônibus, escolas, espaços públicos, redes sociais, aplicativos de mensagens e até outdoors espalhados pela cidade. Desde o dia 7 de abril, Lafaiete e região vivem uma das buscas mais angustiantes da sua história. Foi nesta data que o psicólogo, ativista social e ambiental José Odilon Rodrigues Pereira foi visto pela última vez. Morador do bairro São Dimas (zona oeste), Odilon deixou a sua casa por volta das 14h, usando jeans escuro, camisa social branca de manga curta e sandálias de couro. Momentos depois, teria sido visto próximo à Oficina do Roney. Mas a partir daí seus rastros se perderam. E a preocupação da família e amigos apenas aumenta com o passar dos dias. Isso porque Odilon tem 68 anos e é portador do Mal de Alzheimer. Acredita-se que ele pode estar desorientado e bastante debilitado, sem saber como voltar para o seu lar.
Familiares, amigos e desconhecidos têm se mobilizado em busca de informações, mas, até o momento, nada de concreto foi apurado. “Na semana passada, tivemos notícias dele em Jeceaba, São Brás, Lagoa Dourada, Piedade das Gerais, Carandaí, Queluzito. Quando recebemos essas informações de fora da cidade, ligamos para a PM local e para o comércio, pedindo que fiquem de olho até que alguém da família possa chegar lá”, detalha a nora de Odilon, Tatiana Maria Machado de Souza, esposa de Leonardo da Silveira Rodrigues. De acordo com Tatiana, a família já fez contato com todos os abrigos e hospitais da região. A estratégia, agora, é procurar pelas zonas rurais e estradas de terra: “Já percebemos que em cidades menores e comunidades rurais, muitas pessoas desconhecem o caso”, considera.
O raio de busca tem sido ampliado, exatamente em razão do local de seu desaparecimento: “Desde que ele saiu de casa, vimos uma filmagem dele subindo a rua. Depois, vimos muitas câmeras de segurança, mas não achamos nada. O inquietante é que ele mora muito perto da BR-040. Então, se ele pegou uma carona, pode ter ido para qualquer cidade”, avalia. Apesar da angústia, a família mantém firme a esperança. “Nosso sentimento é saber onde ele está; como ele está. O senhor Odilon toma medicamentos e não sabemos se ele está recebendo os cuidados necessários. Mas estamos mantendo a esperança e a fé. Cada notícia que recebemos nos dá um sobressalto. Quando vemos que não é ele vem um baque. Nós acreditamos que vamos encontrá-lo”, desabafa a nora.
A família acredita que talvez Odilon não esteja mais com a mesma roupa que usava ao sair de casa. “Até porque, depois que ele saiu, caiu um temporal em Lafaiete e ele deve ter se molhado e arrumado outra roupa”, pondera, agradecendo a todos que têm ajudado a espalhar a notícia: “Essa renovação da divulgação é muito importante, porque as pessoas têm suas preocupações do dia e, às vezes, podem se esquecer. Ou podem pensar que ele já foi encontrado, deixando de procurar e até retirando os cartazes”, finaliza.
Quem é Odilon?
O psicólogo José Odilon Rodrigues Pereira é natural de Queluzito, cidade que frequenta muito e onde possui familiares. Também morou em Três Marias, Arinos, Lagoa Santa e Belo Horizonte. Em Lafaiete, mora no bairro São Dimas e costuma frequentar a parte de baixo da cidade, além dos bairros Fonte Grande, Santa Matilde e Museu e a parte central. Foi um dos fundadores da Liga Ecológica Santa Matilde (Lesma). Também ajudou a fundar, na região, unidades da Associação de Pais e Amigos do Excepcional (Apae), Alcoólicos Anônimos (AA) e da Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor (Febem) em algumas cidades onde morou.
Quem souber de algo a respeito de Odilon, favor entrar em contato como Selma (esposa), no (31)99682-5647, ou Leo (filho), no (31) 99970-3632.
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Postado por Redação, no dia 02/05/2019 - 15:37