Apesar de possuírem salários mais altos, os valores pagos aos vereadores de Lafaiete pesam menos no bolso de cada contribuinte local em relação aos vizinhos de Ouro Branco e Congonhas. A afirmação é feita com base nos dados dos portais da transparência das três casas legislativas em relação ao número de habitantes de cada cidade. A comparação ainda permite afirmar que, proporcionalmente ao número de vereadores, a Câmara lafaietense é a mais “enxuta” da região.
Para além dos valores recebidos por cada parlamentar, a pesquisa considera a estrutura de assessoria que os acompanha. E é aí que reside uma disparidade enorme, sobretudo entre os Legislativos de Congonhas e Lafaiete. Por um lado, cada vereador de Lafaiete, com subsídio de R$ 8,25 mil, possui um assessor jurídico e um assessor parlamentar com salários de R$ 3.057,60 e R$ 1.703,61, respectivamente. Isso totalizou um gasto mensal de pouco mais de R$ 13 mil por vereador, em 2018.
Já na Cidade dos Profetas, cada parlamentar pode contar com um número maior de assessores. Por lei, eles têm direito a três assessores parlamentares, cujos salários são de R$3.283,73. Além disso, o quadro apresenta um assessor técnico (R$1.478,26), dois assistentes de Gabinete parlamentar (R$1.279,81) e um chefe de Gabinete (R$3.367,93). Somando o subsídio recebido por um vereador em Congonhas (R$7.985) com o dos assessores, pode-se concluir que o custo total chega a cifra de R$ 25.242 por parlamentar.
Em Ouro Branco, cada vereador teve, em 2018, direito a dois assessores parlamentares com salários de R$ 2,1 mil e R$ 1,6 mil. Com base nesses valores e no subsídio de um edil (R$6.128), o custo para manter um vereador em Ouro Branco foi de R$ 9.828, mensais.
Gasto total por habitante em CL, Congonhas e Ouro Branco
Para medir o custo benefício de cada Casa Legislativa, é preciso se atentar para a população atendida por ela. A conta leva em consideração as estimativas populacionais do IBGE, divulgadas em julho de 2018, e o gasto anual.
Em Lafaiete, durante o ano de 2018, a estrutura em torno dos 13 vereadores chegou à cifra de R$ 2.029.716. O gasto por habitante, nesse caso, foi pouco mais de R$ 15,9 por vereador. Com o mesmo número de edis, e considerando também os assessores, o custo foi de R$3.937.752 na Câmara de Congonhas. A disparidade maior aparece na relação gasto por habitante que, no caso da Cidade dos Profetas, chega a expressivos R$ 72,65 para cada edil.
Lafaiete também ganha de Ouro Branco em custo-benefício. A estrutura de assessoria em torno dos nove vereadores de Ouro Branco, mais o subsídio de cada parlamentar, gerou um custo, durante o ano passado, que passa a casa do milhão e fica em R$1.061.424. Isso equivale dizer que cada ouro-branquense desembolsou R$ 27,13 para bancar a estrutura de cada um de seus parlamentares, em 2018. O valor é quase o dobro despendido pelos cidadãos lafaietenses.
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Postado por Redação, no dia 27/03/2019 - 15:06