Ah! Quanta praticidade não existe nessa vida online... Não há dúvidas de que, nesse corre-corre em que vivemos, recorrer ao digital pode significar uma boa economia de tempo e, porque não dizer, até de dinheiro, em algumas situações. Afinal, é só clicar e, em milésimos de segundo, o mundo todo se descortina, não é mesmo? Mas o que está por trás dessas ‘cortinas’?
Não existe almoço de graça, meu amigo. Eis aí a grande verdade. Nesse corre-corre que tão bem conhecemos, vão se multiplicando as informações na internet, sem se conferir a veracidade da fonte, sem a certificação se aquilo é ou não real. Esta é uma das faces do nosso tempo: acredita-se facilmente no momentâneo e se perpetua o fake - é claro, usando um título que chame bastante atenção. E se ao fim não for verdade, repete-se o mantra da comunicação no século XXI: ‘estou só repassando’.
A migração da notícia para os meios digitais possui seus lados positivos, isso é inegável. Mas o lado obscuro nunca foi tão evidente. A qualidade tem sido perdida na mesma velocidade das postagens. Junto com ela, a responsabilidade e a ética. Afinal, se descobrirem que não é verdade, basta apagar o post, não é mesmo?
E é exatamente neste contexto que a mídia tradicional se torna tão importante. A eficiência de informação que um jornal tradicional impresso traz, faz com que confiemos cada vez mais na transparência e na credibilidade de uma notícia. Transmite para uma cidade comunicação, valores, crenças e costumes. Possui todo contexto instrutivo de uma reportagem, por exemplo, permitindo que observemos os sentidos e os significados de uma cultura.
O meio impresso nos convida, exatamente, a desacelerar para refletir e, a partir daí, formar uma opinião sólida e embasada sobre as coisas. É uma leitura que pede uma boa xícara de café, um local mais calmo (não que um amante do impresso não se delicie até quando está nas poltronas de um ônibus). Que convida a mergulhar no assunto. É o único capaz de saciar a quem tem a verdadeira fome e sede de verdade; de profundidade.
São as páginas de um jornal que documentam seu tempo – a história do hoje, ainda com cheiro de papel e tinta, atestando sua veracidade. Um documento como nenhum outro consegue ser, registrando a verdade dos fatos. Da mesma forma, quem anuncia seu produto ou serviço tem sua marca eternizada no papel e imersa nesse universo de confiabilidade.
E por que esse meio subsiste a todas as crises – mesmo diante da gratuidade de alguns outros? Porque um bom jornal impresso, bem feito, com grandes profissionais, postura ética e imparcial, conteúdos interessantes e responsáveis, sempre terá o seu valor. Especialmente para quem sabe valorizar a verdade, a confiança e a qualidade da informação que absorve para ler, compreender e interagir em seu mundo.
E parafraseando o poeta... “Que me perdoem os apressados, mas qualidade é fundamental”.
Texto: Juliana Monteiro
Jornalista
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Postado por Redação, no dia 04/03/2019 - 09:18