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José César


É possível transformar as margens dos nossos rios urbanos em parques ecológicos e áreas de lazer?



A revitalização das matas ciliares urbanas é não apenas viável, mas urgente. Por meio de técnicas de reflorestamento, isolamento de áreas degradadas e planejamento urbano sustentável, podemos converter espaços hoje negligenciados em parques lineares, corredores verdes e zonas de convivência harmoniosas com a natureza. Nossos rios e córregos, como o Bananeiras, que percorre a cidade desde o Parque de Exposições até o bairro Gage, e o Ventura Luiz, que se estende dos Moinhos até o Água Preta, são exemplos de potenciais subutilizados.
Em vez de canais de esgoto a céu aberto ou terrenos abandonados, poderiam se tornar eixos de biodiversidade e bem-estar. Imagine suas margens recuperadas com reflorestamento estratégico com o plantio de espécies nativas, especialmente frutíferas, que atraiam fauna e promovam a segurança alimentar. Infraestrutura de lazer com ciclovias integradas, trilhas para caminhada, bancos sob sombras naturais e espaços para piquenique. Tudo associado a montagem de um sistema de Saneamento ecológico, sistemas de biofiltros e wetlands construídos para tratar águas poluídas, além de cobrar da COPASA uma melhor atuação no que se refere ao tratamento do esgoto urbano, combinando utilidade e educação ambiental. No entanto, nosso município ainda carece de projetos que unam ecologia e urbanismo. Enquanto cidades ao redor do mundo transformam seus rios em parques, como por exemplo, Cheonggyecheon, em Seul, ou o Rio Manzanares, em Madrid, aqui seguimos relegando nossos cursos d’água ao abandono. Transformar margens de rios em parques não é um custo, mas um investimento.
Além de regenerar ecossistemas, reduz enchentes, (com absorção das águas da chuva pelo solo), aumenta o bem-estar da população, melhora a saúde pública e fortalece o turismo local. É hora de cobrar do poder público políticas audaciosas, planos de recuperação hídrica vinculados a metas claras, orçamento participativo para priorizar áreas verdes, parcerias com universidades, empresas e ONGs para projetos piloto. Em nosso município, a mudança começa com pressão social organizada. A natureza não é um obstáculo ao progresso. É, sim, parte da solução. Transformar nossos rios em espaços vivos não só regenera o ecossistema, mas devolve à população o direito a uma cidade mais saudável e inclusiva. Vamos pressionar por essa mudança?



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Escrito por José César, no dia 11/04/2025

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Coronel José César de Paula
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