BR-040
A Via 040, que administra a rodovia do mesmo nome, anunciou, nesta semana, durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), que não vai iniciar as obras de duplicação do perigoso trecho de 66 km que separam Lafaiete do trevo de Ouro Preto, por causa da falta de licenças ambientais. Segundo consta ? leia reportagem sobre o assunto na página 6 desta edição ? o governo federal não liberou as licenças para o início das obras, fato que, de acordo com a concessionária, impede o início dos trabalhos na temível estrada.
Pedágio
O problema é que, mesmo sem as obras previstas no edital de privatização da 040, a concessionária continua cobrando pedágio desde meados do ano passado. Entidades de classe e organizações sem fins lucrativos da cidade estão empenhadas em entrar na Justiça para suspender a cobrança até que as licenças sejam liberadas pelos órgãos ambientais e as obras tenham início. Segundo os organizadores desse arranca-rabo, a população não pode mais pagar o pedágio sem que as obras sejam iniciadas. Oremos.
Duplicação
Embora a operação tapa-buracos na BR-040 e as sinalizações vertical e horizontal sejam eficientes, é muito pouco para uma rodovia com trânsito acima da média e uma das mais movimentadas do país. O sonho de todo lafaietense era poder assistir, de camarote, logo após a privatização e o início da cobrança do pedágio, à duplicação do trecho mais mortal da estrada. De concreto mesmo, apenas os acidentes, as mortes em escala cada vez maior, e a fatura do pedágio. Vade retro concessão indecorosa.
Polvorosa
Um verdadeiro clima de guerra. Assim os vereadores da Câmara Municipal de Lafaiete estão classificando a relação entre aquele trepidante recinto e a administração do alcaide Ivar de Almeida Cerqueira Neto. Além da Comissão Processante, a turma da Egrégia quer por que quer cortar os vencimentos da vereança e do próximo prefeito e do vice pela metade. O clima deve ficar ainda mais pesado com o início dos depoimentos contra e a favor do prefeito.
Definição
Para o presidente da Comissão Processante, vereador José Boaventura Celestino, a previsão é a de que até maio seja divulgado, para discussão e votação do plenário, o relatório final de seu trabalho. Depois disso, é entregar para Deus e aguardar os desdobramentos.
Defesa
O prefeito Ivar Cerqueira, segundo consta, vai fundamentar sua defesa no argumento de que a Comissão Processante é mais uma retaliação de alguns vereadores que tiveram os seus interesses particulares contrariados. A proposta é tentar evitar que os trabalhos da comissão prossigam, mostrando que não houve irregularidades e que tudo não passa de manobra eleitoreira. Na hipótese da Comissão seguir adiante, a turma de Ivar pretende mostrar, na lata e com provas, que tudo não passa de ranço e ciúme político.
Em casa
Dr. Júlio César de Almeida Barros decidiu ficar no Partido dos Trabalhadores (PT). Ele havia recebido convites para ingressar em outras siglas partidárias, entre elas a Rede Sustentabilidade, mas manteve sua coerência política e anunciou, nesta semana, que vai permanecer no PT. Sobre o arranca-rabo eleitoral de outubro, Barros ainda não se posicionou, mas correligionários e amigos disseram, nos bastidores, que ele pode disputar o pleito como pré-candidato a prefeito ou de vice. Tudo vai depender das articulações políticas e também dos desdobramentos do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Na luta
Enquanto isso, pré-candidatos declarados a prefeito continuam costurando acordos políticos e discutindo projetos para melhorar a vida dos lafaietenses. Ângelo de Souza Júnior, Wesley Luciano Barros e Benito Laporte foram vistos, nesta semana, procurando mãos para apertar em pleno Centro de Lafaiete.
Foguetes
A coluna quer estourar vários foguetes para os organizadores da cerimônia da Ressurreição de Cristo na paróquia de São Sebastião, que aconteceu na noite do último domingo. Foi um espetáculo memorável, que chamou a atenção de todos, e um colírio para os olhos deste colunista.
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Escrito por Frei Tibúrcio, no dia 08/04/2016
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