A própria palavra tem muito a ensinar-nos: auto (relacionado à si mesmo, qualquer palavra seguida dela faz referência a quem a diz) e estima (verbo que significa o ato de gostar/cuidar/desejar). Ou seja, o ato de desejar ou gostar de si mesmo.
Somente através do significado da própria palavra conseguimos entender que a extensão é muito maior do que comumente encontramos. A palavra autoestima tem em si um significado muito amplo e importante, porque vai além de um conceito, na verdade ela é uma prática e pode se manifestar de maneira positiva ou negativa.
Por isso muitas vezes escutamos os termos “baixa autoestima” e “alta autoestima”.
Por exemplo quando se perde peso e se associa a autoestima com a nova forma corporal. Na verdade, a autoestima não é um resultado obtido e sim o processo pelo qual a pessoa passa. Quando tomamos decisões que dizem respeito ao cuidado consigo mesmo, estamos praticando a autoestima.
E perceber as ações desse processo é importantíssimo para se conseguir manter os sentimentos positivos e benéficos.
Por isso devemos entender o processo, saber identificar quais práticas foram positivas e quais foram negativas, quais sentimentos passaram a existir, e principalmente, ter a capacidade de nomear tudo isso.
Mas assim como a autoestima sofre distorções em seus significados, a maioria de nós também se sente desafiado ao se deparar com a necessidade de nomeação de alguns sentimentos. Entender a construção da autoestima passa pela nomeação dos sentimentos e sensações ao longo desse caminho.
Sabendo da necessária construção da autoestima devemos então enxergar a fundação da nossa casa interior como o autoconhecimento necessário para um início sólido.
Exercer o autoconhecimento deve ser uma prática cotidiana. Estar aberto a identificar nossas afinidades, nossos desgostos, necessidades, desejos, medos, sonhos, esperanças, é estar disposto a começar a traçar o caminho para se cuidar com amor.
Podemos também pensar na autoestima como o caminho necessário para se atingir algum objetivo. Através do conhecimento de nós mesmos temos a possibilidade de escolha.
E não existe nada mais individual e potente que nossas escolhas, através delas nos expressamos, nos empoderamos, e a partir disso, criamos. Tendo em mãos a chance de criar por meio de nossas escolhas o nosso caminho, fica muito mais fácil lidar com o amor próprio.
Claro que, muitas vezes ainda não temos maturidade e conhecimento próprio necessários para se reconhecer os ganhos desse caminho e acabamos atrelando a autoestima ao objetivo alcançado. E tudo bem isso faz parte do jogo da vida!
Autoconsciência - ter consciência do que acontece com a gente, percepção dentro da gente, do seu eu interior.
Autoaceitação- tem coisas que não são possíveis de mudar, mas isso não quer dizer cruzar os braços e sim aceitar o que acontece dentro da gente, se permita. Significa aceitar a si mesmo como se é, gostar de si, respeitar seus sentimentos e escolhas. Todos nós temos pontos positivos e negativos, as vezes vou ser melhor em algo e a pessoa a seu lado ter talento em outra habilidade, não temos que dar conta de tudo e sermos perfeitos.
Autoexpressão - como eu expresso meus sentimentos, eu consigo nomear o que sinto? Se eu estou com raiva, se eu estou triste ou se eu estou alegre? Como eu consigo verbalizar isso? É expressar o que acontece dentro da gente
1. Respeitar-se: Lute pelo que você acredita. Respeite o seu tempo, seus limites. As vezes dizer “não” a alguém é libertador e você estará respeitando a si mesmo e isso também se enquadra no âmbito profissional;
2. Tempo: Reserve um tempo pra você!! Seja para se exercitar, meditar, tomar um café com aquele (a) amigo (a) que você não vê a algum tempo, enfim, faça algo pra você e por você. Faça desse tempo um tempo de qualidade.
3. Valorize-se: De valor a pequenos momentos, a família, aos amigos. Olhe no espelho e ame essa pessoa refletida nele. O amor próprio é o melhor amigo da auto estima.
4. Organização: Organizar seus compromissos, seus objetos pessoais, traz tranquilidade e mais tempo para você usufruir com você mesma. Uma casa, trabalho e uma mente organizada pode fazer um bem enorme a sua autoestima além de trazer benefícios ao seu dia a dia profissional, pois você poderá fazer suas tarefas com mais agilidade e qualidade.
5. Perdoe: Cometemos erros e o mais importante é aprender com esses erros, deixe no passado e se abra para o novo. Perdoe-se! E se esse erro foi cometido por outra pessoa, perdoe também. A culpa e a magoa não permitem que você enxergue suas qualidades e possa seguir adiante.
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Escrito por Fabiana Oliveira , no dia 14/07/2020