De uns tempos para cá estamos ouvindo muito a palavra EMPATIA, mas você sabe qual é o seu real sentido e porque ela está “tão na moda”? Na coluna de hoje vou falar um pouco mais sobre como podemos ajudar a saúde emocional das pessoas durante a pandemia e o isolamento social. Ah, claro, e também sobre a tal empatia. Vamos lá?
No dicionário, a palavra “empatia” é definida como: faculdade de compreender emocionalmente algo. Mas muito mais que uma definição concreta, esta palavra de sete letras se remete à capacidade psicológica de sentir o que sentiria a outra pessoa, caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar, de forma objetiva e racional, o que sente outro indivíduo, ou seja, se colocar no lugar do outro.
E é justamente por isso que muitas pessoas estão praticando a empatia durante a pandemia. É uma maneira de entender o que o próximo está sentindo e tentar ajudá-lo, principalmente emocionalmente. O mundo todo se viu diante de grandes desafios que levaram às medidas extremas para combater o crescimento exponencial do contágio pelo novo Coronavírus, mas tantas medidas radicais e necessárias vêm causando grandes transtornos de ansiedade, medo e pânico, preocupando muita gente.
Não é para menos: a Organização Mundial de Saúde (OMS), no último mês, apresentou um relatório à Organização das Nações Unidas (ONU), preocupada com uma crise global de saúde mental em virtude do isolamento e os impactos que a pandemia do novo Coronavírus vêm causando em todo o mundo. O relatório ainda destaca que crianças, jovens e profissionais de saúde são os mais suscetíveis às crises emocionais.
Diante de tantas informações, surgem inúmeras dúvidas nas nossas cabeças acerca de como podemos ajudar as pessoas que estão sofrendo com os transtornos de ansiedade. O primeiro passo é conversar: procurar entender o que a pessoa está sentindo, quais são seus medos e angústias, e estimular a conversa sobre o assunto, mostrando que elas não estão sozinhas. Ter uma companhia para conversar ao longo do dia ajuda, e muito, no controle emocional. Além disso, você pode ajudar as pessoas a se exercitarem, descobrirem novos talentos e a se desconectarem do mundo virtual.
Se você atua em alguma área da saúde, mas não está diretamente ligado ao combate do vírus, você também pode ajudar. Os farmacêuticos, por exemplo: muitas pessoas, na tentativa de controlar os transtornos estão se automedicando, e cabe a esses profissionais procurar entender o que realmente os clientes estão sentindo e orientá-los corretamente, e também ceder uma abertura para conversar.
Ou ainda os psicólogos, que estão mantendo os atendimentos de maneira remota, se utilizando de plataformas on-line, procurando conversar e ensinar técnicas para que as pessoas mantenham a calma e não percam o controle diante de uma crise.
Espero que vocês tenham gostado de saber um pouco mais sobre o verdadeiro sentido da EMPATIA. É preciso entender que tudo irá passar, mas que por enquanto, você precisa encarar a situação de frente e com a cabeça erguida.
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Escrito por Nayara Costa, no dia 05/06/2020