Mais comum em mulheres, a prisão de ventre ou intestino preso é a diminuição ou quase ausência de evacuações diárias ou semanais. Nem sempre um intestino que não funciona todo dia é ruim e nem sempre um intestino que funciona todo dia é bom. A baixa ingestão de fibras e água são hábitos que agravam a situação. Falta de hábito de praticar atividade física também. O aumento do consumo de fast foods e comidas prontas, as pessoas desembalam mais e descascam menos hoje em dia devido a correria do dia a dia e a praticidade deste produtos. Porém o excesso de condimentos, conservantes, corantes, açúcares e gorduras conferem paladar ao alimento e acabam por alterar microbiota intestinal, provocando a DISBIOSE.
Causas
As causas mais comuns da prisão de ventre são baixa hidratação, baixa ingestão de fibras (frutas, hortaliças e legumes), falta de atividade física, fatores hormonais, como ciclo menstrual e menopausa, além de questões emocionais. Uma vez que o Sistema Nervoso Central (SNC) inerva todo o trato gastrointestinal proporcionando aumento ou diminuição da frequência de evacuações, sendo bem perceptível estas alterações do movimento intestinal quando se está muito triste ou muito nervoso (a). Outra questão é a que acompanha as mulheres, uma vez que a maioria delas foi “educada” a repreender o reflexo intestinal em algumas situações, principalmente se estiver fora de casa, logo algumas mulheres têm dificuldade de usar o banheiro que não seja o da sua própria casa.
Em longo prazo, a prisão de ventre pode trazer problemas relacionados à pele, cabelo, unha, imunidade e doenças crônicas (diabetes, obesidade, dislipidemias), uma vez que as fezes são restos alimentares que o seu corpo não precisa utilizar, se estes nutrientes ficam por muito tempo parados no intestino, isso gera um aumento da fermentação bacteriana e crescimento de cepas que ocasionarão excesso de produção de gases, alteração do microbioma intestinal, absorção inadequada de carboidrato, gordura e açúcar (alterando exames); podendo haver alteração de humor.
Contra-indicações e tratamento
O uso de laxantes para “ajudar” na prisão de ventre não é recomendado. O intestino fica preguiçoso e os laxantes atuam diminuindo a absorção de água pelo intestino grosso, alterando a consistência das fezes e facilitando sua eliminação na forma aquosa. Além disso, o uso crônico de laxante pode retirar o muco intestinal, que seria aquela “gosma” que sai no final da eliminação após várias evacuações e que é rica em polissacarídeos e bactérias intestinais, logo seu corpo precisa refazer este muco, porém se alguma bactéria oportunista aparecer pode se instalar desencadeando doenças intestinais e interferindo na modulação imunológica predispondo ao aparecimento de cânceres, por exemplo.
Também é comum o uso quase descontrolado de chás, como o sene, para forçar a ida ao banheiro. O uso também não é recomendável pois o sene atuará da mesma forma que o laxante. A maneira mais correta para se ter um intestino bom é alimentação adequada (contendo alimentos funcionais, probióticos, prebióticos) , atividade física, hidratação, equilíbrio emocional e paciência.
As saídas mais saudáveis para tratar o problema é melhorar a hidratação, praticar atividade física e procura um (a) nutricionista para adequar fibras solúveis e insolúveis, modular a microbiota (população bacteriana) intestinal com ervas e probioticos, aumentar a ingestão de alimentos anti-inflamatórios, controlar a Disbiose.
Muitos afirmam aplicar as dicas mais comuns, como comer ameixa, bagaço de laranja, e não obtem resultado porque às vezes o organismo já está acostumado ao uso de laxantes. Outro motivo pode ser a presença de Disbiose intestinal não tratada ou a existência de alguma alteração funcional como a Síndrome do Intestino Irritável (SII). Além disso, é preciso saber que não é somente um alimento que controlará o trânsito intestinal, existem vários fatores como emocional, hormonal e alimentar. Cada pessoa deve ser avaliada individualmente e a partir do conjunto de fatores descritos na anamnese nutricional, o perfil do paciente será trabalhado e consequentemente proporcionará melhora do quadro intestinal.
Alimentos que ajudam X alimentos que ‘atrapalham’
Alimentos como frutas, legumes, hortaliças, leguminosas, sementes e oleaginosas (castanhas e nozes) vão ajudar na melhora do trânsito intestinal.
Alimentos farináceos como: fubá, farofa, biscoitos, miolo de pão, bolos, irão prender mais facilmente o intestino.
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Escrito por Amanda Oliveira, no dia 30/05/2020
Nutricionista esportiva e clinica funcional
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