A essa altura, que cuidar do planejamento financeiro é uma decisão importante você já deve ter percebido, entretanto, os argumentos que listarei abaixo servirão para reforçar ainda mais essa ideia: não se gasta antes de saber quanto se ganha. E somente sabendo quanto se ganhou (ou quanto a empresa ganhará) é possível fazer investimentos com maior segurança.
1. Liberdade para tomar decisões
Nem sempre uma empresa tem condições financeiras de tomar a decisão que julga ser a melhor. A falta de capital pode fazer com que uma companhia opte por uma alternativa “meio termo”, ou seja, que reúna apenas alguns dos benefícios que poderia ter se estivesse capitalizada.
As empresas que conseguem planejar com antecedência os investimentos que pretendem fazer costumam obter melhores condições de pagamento. Assim, economizam ainda mais do que o esperado e sem comprometer o caixa.
2. Emergências não ameaçam o futuro da empresa
Quando surge uma emergência e a empresa está descapitalizada, dependendo do valor, o impacto pode ser tão grande nas finanças que a companhia pode levar meses para se recuperar, quando não acaba quebrando definitivamente. Quem antevê essas possibilidades, no mínimo enfrenta-as de maneira mais serena.
Algumas despesas devem ser consideradas sempre em médio e longo prazo. É o caso dos impostos, por exemplo, que uma hora ou outra vão incidir sobre o seu faturamento. Postergá-los não é um problema, desde que na data prevista para a quitação a sua empresa tenha condições de honrar a dívida.
3. Possibilidade de ampliar os rendimentos
Há um ditado popular no mundo das finanças que diz que “deixar de ganhar, também é perder”. Quando se trata de empresas sem planejamento financeiro, essa é a mais pura verdade. Dinheiro parado ou “a receber”, sem que seja colocado sob uma perspectiva de adiantamento, pode significar a perda de boas oportunidades.
Há muitas companhias que utilizam valores em caixa como forma de investimento e, com isso, conseguem se capitalizar ou ao menos conter as perdas da inflação de maneira bastante ágil. Sua empresa pode adotar esses métodos, mas para isso as finanças precisam estar em dia.
4. Possibilidade de reduzir custos
A quem faz um planejamento financeiro, presume-se que estão disponíveis os dados referentes aos custos operacionais da empresa durante um determinado período. A partir do momento que o gestor entende para onde esse capital está indo fica mais fácil decidir se determinado gasto é pertinente ou não.
O primeiro passo para reduzir os custos operacionais é ter o completo controle sobre ele. Muitas vezes, o problema de uma companhia não está no baixo faturamento, mas sim no alto custo direcionado para atividades e materiais que não são de tanta importância como imaginado.
5. Minimizar as chances de erro
Mesmo com um planejamento muito bem elaborado, ainda assim as empresas estão sujeitas a passar por maus momentos. O funcionamento do mercado não é uma ciência exata e está sujeito a inúmeros fatores que muitas vezes fogem do nosso controle.
Contudo, as chances de incorrer em erro diminuem de forma significativa. Isso porque, tendo diante de si múltiplas possibilidades de cenário, fica mais fácil prever quais são os mais prováveis e se preparar melhor para enfrentá-los. Quem tenta descobrir o que fazer somente quando as coisas acontecem perde um tempo preciso para resolver problemas.
O cenário ideal é iniciar uma empresa já tendo a completa ciência da importância da elaboração de um planejamento financeiro, Infelizmente, sabemos que essa não é a realidade de boa parte das empresas. A boa notícia é que começar a pensar nisso “antes tarde do que nunca” é melhor do que nada.
Pode ser que a sua empresa já tenha tomado um rumo ruim sem planejamento e será bastante complicado colocá-la de volta nos trilhos. Porém, quanto antes você começar, maiores são as chances de evitar que pequenos problemas se tornem bolas de neve ameaçadoras e engulam o seu negócio.
Forte Abraço e até a próxima!
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Escrito por Aloisio Ramalho, no dia 25/03/2020