As chuvas que castigam Minas Gerais desde o ano passado, e que já ceifaram, infelizmente, a vida de mais de 60 pessoas, encheram os rios, reservatórios e devem fazer bem aos peixes. Nesta época, todos os pequenos rios, afluentes do Paraopeba, São Francisco e Velhas, além do Grande e Piranga, enchem e jogam água nas várzeas. Esse fenômeno, muito comum antigamente, parou de acontecer, cortando a ida dos peixes nas várzeas e campos alagados, onde há abundância de alimentos, como frutos e sementes.
Neste ano, por causa do grande volume de chuvas, as várzeas voltaram a ficar alagadas, ajudando na piracema e na alimentação de peixes e alevinos. Rios tradicionais e muito conhecidos dos pescadores da cidade, como o Guarará, São José, São João, Pedro Moreira, Lambari, Jorge, Jorginho, Jorjão, Bambuí, Veados, Indaiá, entre muitos outros, estão jogando água para fora até hoje. Como a previsão de chuvas intensas segue até março, imagina-se que esse fenômeno irá continuar até lá. As chuvas, que ao mesmo tempo facilitam a busca por comida, acabam ajudando os peixes a se esconderem. Com as águas altas e barrentas, é praticamente impossível pescar, o que dificulta a vida de quem ousa matar peixes na piracema.
Por conta disso é que a expectativa de boas ações, principalmente dos lambaris do rabo vermelho e dos piaus verdadeiros, aumenta com as chuvas intermitentes. Embora a temporada de pesca se abra no início de março, a pescaria, de fato, deve começar em abril, quando as águas começam a baixar e a clarear. Espera-se, contudo, que a rapaziada tenha consciência e mate somente o necessário para degustar, deixando o restante para viver e alegrar outros pescadores.
P. de Souza
Repórter e pescador
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Escrito por Pesca, no dia 06/03/2020