Uma das principais usinas hidrelétricas de Minas e a maior represa da Cemig no estado, localizada no Rio São Francisco, chega a 70% de sua capacidade. Trechos de areia, partes de pontes e travessias já não são mais vistos às margens da represa de Três Marias. A chuva e a gestão da água por parte da Cemig, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e Agência Nacional de Águas (ANA) fizeram o nível do reservatório chegar a 70,1%, valor que não era visto há quase sete anos. Nesse período, em época de extrema seca, o nível chegou a 2,57%.
No dia 25 de outubro, o volume da represa estava em 32,5%. De acordo com a Cemig, alguns procedimentos foram adotados para preservar o enchimento das barragens. Foram implementadas políticas operativas coerentes com o regime de escassez hídrica. As ações fizeram com que a usina chegasse a 70,1% do seu volume, o que não era visto desde agosto de 2012.
“Essas situações foram adotadas em períodos de seca extrema e feitas com o intuito de preservar o reservatório das usinas. Tivemos que adotar essa ação para manter um nível mínimo dos reservatórios, principalmente, no acentuado período de seca dos últimos anos na Região Sudeste”, afirma Ivan Sérgio Carneiro, engenheiro de planejamento energético da Cemig.
Entre as medidas adotadas está à liberação da menor quantidade de água possível para atender os municípios a jusante (rio abaixo). Nos últimos dias, por exemplo, a vazão afluente, que chega à usina, era em média de 800 e 1.000 metros cúbicos por segundo (m3/s). Já a vazão defluente, que é liberada, era de aproximadamente 150m3/s. Ou seja, a economia estava sendo de aproximadamente 650m3/s por dia.
Essas medidas tiveram que ser adotadas devido a períodos críticos de seca vividos por municípios mineiros nos últimos anos. A estiagem deixou vários mananciais em situações críticas e até prejudicou o abastecimento na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na bacia do Rio São Francisco não foi diferente. O nível de Três Marias, para se ter uma ideia, atingiu 2,57%. “Tivemos que fazer a gestão da água para garantir o abastecimento nas estações secas, para que não houvesse prejuízos aos usuários de montante e jusante da usina”, destaca Ivan Sérgio Carneiro.
Com informações do jornal Estado de Minas
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Escrito por Pesca, no dia 28/03/2019