A história da única vitória do Meridional sobre o Atlético por 2 a 1 em 10 de março de 1960, no estádio Antônio Carlos, no bairro de Lourdes em Belo Horizonte, parece que não tem fim. Conta a história que Galo e Meridional jogaram 21 vezes com 16 vitórias do Galo, 4 empates e uma vitória do Tatu.
O relato dessa conquista histórica, a mais importante do Meri, o Tatu, no campeonato Mineiro de profissionais se resume em uma partida em que o Meridional saiu de Lafaiete para o jogo em BH, o ônibus quebrou e os jogadores do time lafaietense chegaram na capital de carona, em carros e caminhão e ainda venceu o Galo em Lourdes.
Mas apesar de já ter contado essa façanha diversas vezes nas mais de três décadas de jornalismo, ouvi recentemente mais um capítulo que para mim ainda tinha mais um fato novo.
Em novembro passado, a equipe do Globo Esporte/MG compareceu ao Meridional para a gravação da série histórica ?Esquecidos do Mineiro?. A equipe do jornalista Guto Rabelo preparava o cenário, conhecia um pouco mais da história e enquanto isso tive a oportunidade de ouvir o Mexicano, o meio-campista daquela vitória mágica e ai descobri mais uma passagem.
Quis saber se o coração estava mais acelerado naquele momento e Mexicano confirmou: ?Um pouco emocionado e mais acelerado?, disse o craque.
Busquei a comparação daquele momento com um jogo contra o Atlético. ?Futebol é diferente, não tem nada não. A gente entra com tranquilidade e não tem agitação. O pós-jogo, nas entrevistas costuma acelerar um pouquinho, falta costume?, emendou Mexicano.
Então, quis saber o que havia acontecido naquele fatídico 10 de março de 1960. ?Olha, deu problema no ônibus ali perto da Lagoa dos Ingleses e a turma do Jardim e Filhos buscava cimento na Itaú. O motorista viu a gente, parou e ?botou? todo mundo na carroceria, mas naquela época tinha a barreira policial na chegada de BH e o motorista pediu para a gente descer. Fomos a pé até o posto da Polícia Rodoviária Federal explicamos para o policial que se tratava da ?embaixada? do Meridional que ia enfrentar o Atlético e ele parava os carros e pedia a carona pra gente?, explicou o jogador.
Quis saber se alguém pegou carona na viatura policial e Mexicano completou: ?Eu fui um e foi com sirene aberta uóh uóh uóh?, descreveu ele. Fomos em três na viatura. Chegando ao estádio vesti o calção e a camisa, peguei a meia e a chuteira e calcei no campo. Começamos o jogo com dez, não me lembro quem faltou, mas ele chegou e completou o time?, detalhou Mexicano que nos agradeceu pela entrevista.
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Escrito por Esporte, no dia 15/02/2019