O Aimoré promoveu uma bonita festa para a entrega das faixas de campeão da Taça Vermetal. O estádio Nossa Senhora da Paz, conhecido como Tabuleiro da Chapada, recebeu bom público para ver os campeões e a garotada do Villa Nova, de Nova Lima (MG), que tinha estreia marcada para dia 9, na Taça BH, agora disputada por atletas até a idade de 17 anos.
Antes do jogo, o técnico Pirulito recebeu uma homenagem, uma lembrança pelo início de carreira no alvinegro da Chapada. Em campo, porém, seu time encontrou um adversário muito bom, principalmente em se tratando de um teste final para a Taça BH. Enquanto a meninada do Villa ‘botava’ correria, o Aimoré armava a ‘arapuca’. E numa bola lançada pelo meio, na troca de passes, Paulo passou para Tiago Arcênio que, na chegada da zaga, acertou um belo chute no canto esquerdo, sem defesa para Talles, 1 a 0 aos 25.
Não demorou muito e a jogada se repetiu: o lançamento pelo alto não foi cortado pela zaga e, novamente, outra tabela e a finalização de Tiago da linha da grande área para marcar 2 a 0, aos 39 minutos. Na terceira tentativa de Tiago, o goleiro Talles fez uma grande defesa e evitou o gol. Num corner da direita, o zagueiro Bruno cabeceou para o chão e a bola ainda tocou no travessão, deixando o zagueiro a lamentar. No finalzinho do 1º tempo, Jéssie também acertou de raspão o travessão. O domínio foi do Aimoré, mas o Villa Nova criou também algumas chances que foram interceptadas pelo bom goleiro Robertinho, que mereceu elogios dos adversários.
Para o 2º tempo, os treinadores modificaram bastante suas equipes. Pirulito colocou 10 novos atletas em campo. Já o técnico Renan Moraes, do Aimoré, fez trocas durante o desenrolar do jogo. Apesar de sangue novo, o placar não mudou, mas o Villa esteve mais presente ao ataque. O atacante Bruno, que começou aqui no Flamengo, teve uma boa chance de premiar o avô Nica e a família que estava em campo, mas não conseguiu vencer Robertinho.
Homenagens
Vários diretores, colaboradores e a comissão técnica alvinegra foram homenageados pela atual diretoria do Aimoré, que ofereceu, ainda, uma placa ao seu ‘craque’ mais ilustre do futebol profissional, Chiquinho Pirulito, que iniciou sua carreira no alvinegro. Entre os homenageados, o ex-diretor Edeney Belmiro, antes vendedor de empadas e hoje ‘Ministro da Eucaristia’ na Paróquia de São Sebastião e empresário na distribuição de cervejas e bebidas, um dos colaboradores do Aimoré.
Em reportagem exclusiva ao Jornal CORREIO e Rádio Cidade 98 FM, Francisco Carlos Ferreira da Silva, Chiquinho Pirulito, contou que iniciou sua carreira no Aimoré, onde ficou por um ano. “Na época, a gente usava uma chuteira cheia de pregos; era o que se tinha. Depois fui para o Meridional”. E a sequência foi o futebol profissional com passagens por equipes como o Villa Nova e o Atlético, o hoje líder do Campeonato Brasileiro. Como treinador, Pirulito é uma espécie de ‘curinga’ no Leão do Bonfim. Lá ele já dirigiu a base e foi treinador na equipe profissional. Hoje tem a missão de fazer o Villa vencer as dificuldades, passar pela grave crise que se encontra e disputar a Taça BH.
Base em Lafaiete
Vários jogadores lafaietenses ou que por aqui iniciaram-se na base chegaram ao Villa Nova. A oportunidade agora é dada ao atacante Bruno, que começou no Flamengo. No Villa desde abril, aos 16 anos, o neto do Nica busca ser titular no time sub-17 e espera aproveitar a Taça BH para levantar voo. “Comecei aqui no Flamengo, contando com o incentivo do ‘vô’. Sempre via ele jogando no Irajá. Minha mãe me levou para BH, fui aprovado no teste no Villa e meu foco agora é na Taça BH”, destacou Bruno.
Da Redação
Ao promover a vinda de uma equipe que disputa o futebol profissional – o Villa Nova vai disputar a Série D do Brasileirão – o Aimoré proporciona uma viagem na história. “A última equipe profissional que veio aqui no Aimoré foi o Renascença, em 1967/68”, lembrou Darci Alves, um dos conselheiros do alvinegro. Além de valorizar o clube, deu a oportunidade de uma homenagem ao seu maior ídolo, Pirulito, um atleta lafaietense com destaque real no futebol nacional.
Agradeço ao roupeiro ‘Cabrito’, que me presenteou com a faixa de campeão da Taça Vermetal, que acabara de receber. Por ser uma distinção vinda de você e por ser uma faixa do Aimoré, será guardada como uma recordação muito especial, amigo Cabrito. (Amauri Machado)
Você está lendo o maior jornal do Alto Paraopeba e um dos maiores do interior de Minas!
Leia e Assine: (31)3763-5987 | (31)98272-3383
Escrito por Esporte, no dia 17/07/2015
