Quase um ano depois de
estar no Rancho Cinco Amigos, ocasião em que presenciamos a catástrofe da
última Copa do Mundo, onde a Alemanha sapecou 7 a 1 na seleção brasileira,
voltamos às barrancas do rio Paracatu, dessa vez eu, Ronaldo Oliveira e Luiz
Ramalho. Saímos às 6 da manhã do sábado, dia 6 de junho e às 15 horas já
estávamos no rancho, onde nos aguardavam os amigos Luiz Flávio, Mauro
Topógrafo, Jairinho Bittencourt e Tinho.
Na ida, passamos na
ponte do rio São Francisco que liga Pirapora a Buritizeiro, para tirarmos
algumas fotos e verificar a situação da vazante do rio que, embora ainda muito
vazio, está melhor do que no final do ano passado. Chegar em um rancho onde já
existem habitantes é muito bom, pois toda a estrutura já está montada, poupando
bastante trabalho aos “chegantes”.
O rio Paracatu se
encontrava um pouco alto e sujo, com tendências para melhorar com o passar do
tempo. O que realmente aconteceu, pois ao nosso retorno ele já tinha baixado
consideravelmente e estava bem mais limpo. Iniciamos a pescaria ainda no
domingo e, eu e Luiz Ramalho, tentamos alguns mandis enquanto ouvíamos pelo
rádio a tão esperada vitória do Cruzeiro sobre o Galo no estádio
Independência.
No domingo de manhã,
saímos eu e Ronaldo em um barco, enquanto o Tio Luiz tentava os mandis com as
minhocas que o mesmo levou, logrando bastante êxito, ou seja, apanhando vários
exemplares de bom tamanho, além de inúmeros menores que nos serviram de
tira-gosto à noite. De barco, iniciamos a pescaria variando entre as
modalidades "rodadinha" e vara de mão, ferrando apenas uns quatro
exemplares de matrinxãs, além de alguns piauzinhos. O rio não estava bom para
peixe.
Luiz Flávio e Mauro
Topógrafo também tentaram o dia inteiro, mas não conseguiram muito êxito. Na
segunda de manhã, a situação se repetiu com todos, inclusive com o Jairinho e o
Tinho, que também saíram para tentar seus peixinhos. Ressalte-se aqui a grande
habilidade na cozinha do nosso amigo Tinho; o cara é fera no tempero.
Ainda na segunda,
depois de ficarem no rancho por quatro dias, os companheiros que foram primeiro
resolveram voltar a Lafaiete, deixando-nos no rancho para cumprir a nossa
semana prevista. Não foi uma experiência muito boa o retorno desses
companheiros, pois a convivência estava ótima e a partida deixou uma espécie de
vazio no rancho. E olha que éramos três pescadores ainda remanescentes. Pessoas
amigas, que se conhecem há muito tempo, com uma grande admiração e respeito
entre si, sempre nos fazem muito bem quando estão por perto, nos permitindo
desfrutar do seu convívio.
Nos demais dias, o rio
se mostrou mais ou menos da mesma forma, nos permitindo pegar apenas alguns
exemplares, no máximo uns seis por dia. Fizemos duas viagens, subindo o rio,
até a foz do rio do Sono, o que nos proporcionou conhecer o córrego da Extrema
e ainda uma espetacular cachoeira no próprio rio Paracatu. É de uma beleza
incrível! Tem ainda uma particularidade interessante: o rio do Sono joga muita
areia no Paracatu. Esse, tem duas características totalmente diferentes: mais
raso e com muitos bancos de areia abaixo do seu afluente e um rio caudaloso,
com profundidade praticamente igual no trecho acima.
Chamou a atenção à
quase completa ausência da fauna, sendo vistos apenas alguns exemplares de aves
e nenhum bicho durante toda a semana. Continuamos com a pescaria até na
quinta-feira, quando, à tarde lavamos os barcos e preparamos o nosso retorno,
que aconteceu na sexta-feira, dia 12, a tempo de vermos e homenagearmos as
nossas namoradas que nos aguardavam em casa.
Desfrutamos de uma boa
amizade, comemos e bebemos muito bem e ainda praticamos o nosso esporte
predileto. Só nos resta agradecer a Deus por nos permitir tudo isso.
Até a próxima.
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Escrito por Pesca, no dia 01/07/2015