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Acusados de assassinato da Dümm podem ir à júri popular

Audiência de instrução e julgamento acontecem na segunda-feira; confira detalhes do crime, que deixou uma pessoa morta e outras quatro feridas



Foto: arquivo jornal CORREIO

Podem ir à júri popular os quatro jovens acusados de envolvimento em um homicídio ocorrido em outubro passado, no Centro de Lafaiete. De acordo com o advogado criminalista Rôney Neto, a audiência de instrução de B.B.O., 26 anos, I.H.P.G., 19, S.M.S.S., 19 e Y.G.G., 23, está marcada para as 14h da segunda-feira, dia 18, e será um passo importante no aguardado desfecho do caso.

Representante dos dois últimos acusados, Rôney não deu detalhes sobre o caso, para evitar antecipar qualquer estratégia da defesa, mas a denúncia apresentada pelo Ministério Público, a qual o Jornal CORREIO teve acesso, aponta para um crime orquestrado em detalhes. Segundo o documento, houve uma clara divisão de tarefas entre os envolvidos, culminando com a morte de Ronan Alves da Cruz e outras quatro pessoas feridas. O crime aconteceu por volta das 23h30 da sexta-feira, 20 de outubro, na Dümm. Os acusados teriam chegado ao gastrobar, localizado na avenida Prefeito Telésforo Cândido de Resende, acompanhados de dois menores.

Instantes depois, a vítima também chegou, junto com dois amigos, e foi cumprimentada por B. Logo depois, a suspeita teria se reunido com I., S., Y. e os dois menores para planejar o ataque, que teria como motivação disputas relativas ao tráfico de drogas empreendido pelo grupo Real de Queluz. Cronologia do crime Toda ação foi flagrada pelas câ­meras de segurança do local. Se­gundo detalha o MP, B. ficou posicionada em um local estratégico e teria abortado um primeiro ataque de I., que ao seu si­nal, retornou acompanhado de S., Y. e dos dois menores e efetuou os disparos. Sete tiros alvejaram a vítima, mas por erro de execução, outras quatro pessoas foram feridas. O resultado chega a ser aplaudido por Y., que assim como S. abraça I e, juntos, deixam o local, sendo observados por B. Ainda segundo a denúncia, “o crime foi praticado em coautoria, haja vista o vínculo subjetivo de unidade de desígnios entre os agentes, os quais, ainda, dividiram tarefas para a obtenção do resultado pretendido, qual seja, a morte de Ronan.

Coube a B. realizar a liderança e o planejamento do fato, bem como sua condução, por meio de comunicação e sinalização aos demais agentes da forma e momento de agirem. A I., a execução material do fato, isto é, a prática dos disparos de arma de fogo. Já a S. e Y. coube auxiliar I. na leitura dos sinais enviados por B., bem como o apoio aos disparos, seguida da condução da fuga de I. do local dos fatos.

Participaram do fato, ainda, os adolescentes, que deram, igualmente, apoio a I. no cumprimento das determinações de B.”, detalha. O MP destaca, ainda, que as mortes das vítimas só não ocorreram pela eficácia do serviço médico, que realizou as intervenções, inclusive, cirúrgicas, necessárias. “Os crimes foram cometidos por motivo torpe, caracterizado pelas disputas decorrentes do tráfico de drogas, por meio de recurso que dificultou a defesa das vítimas, que foram colhidas inesperadamente em meio à multidão do evento festivo.

[Os quatro feridos] sequer poderiam suspeitar do ataque, uma vez que esse não lhes era dirigido e não tinham qualquer atrito com os autores. Já Ronan, embora já tivesse desavenças prévias e estivesse armado, sequer conseguiu fazer uso de sua pistola”, detalha o MP, que também destaca o recurso do qual resultou perigo comum, consistente na realização de diversos disparos de arma de fogo no interior de estabelecimento comercial festivo lotado de pessoas, expondo-as gravemente a risco.

De acordo com o advogado criminalista Rôney Neto, a audiência de instrução está marcada para as 14h da segunda-feira, dia 18.




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Postado por Nathália Coelho, no dia 26/03/2024 - 12:20


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