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Combinar o designer aventureiro com a comodidade do câmbio CVT é a proposta do Fiat Argo Trekking 1.3



 

Luiz Humberto Monteiro Pereira

Agência AutoMotrix

Na linha 2023 do Fiat Argo, apresentada há um ano, a principal novidade foi o câmbio automático tipo CVT com 7 marchas simuladas nas versões equipadas com o motor 1.3 flex de quatro cilindros. A transmissão continuamente variável chegou às versões Drive e Trekking, as mais caras do hatch lançado em maio de 2017. O Argo ganhou ainda um leve retoque no seu visual, principalmente na frente. O para-choque recebeu linhas mais arrojadas e a grade também passou por mudanças, ficando unificada com os faróis com luz diurna em leds e os auxiliares de neblina, dando um aspecto robusto do conjunto dianteiro. A grade tem estilo colmeia e ostenta a pequena e indefectível “Fiat Flag”, com alusão às cores da bandeira italiana. A variante Trekking ganhou um visual atualizado, com para-choque diferenciado e novos desenhos dos adesivos em preto e com detalhes em laranja mais presentes tanto no capô quanto na lateral. A versão aventureira do Argo faz a ponte entre o hatch da Fiat e os utilitários esportivos – no caso da marca italiana, a linha Pulse. Assim, por um preço que parte de R$ 97.990 – estrategicamente abaixo da “barreira psicológica” dos R$ 100 mil –, o Argo Trekking 1.3 AT posiciona-se acima da versão Drive 1.3 AT (R$ 92.990) e abaixo do Pulse mais barato, o 1.3 AT (R$ 107.990) – os três modelos compartilham o mesmo “powertrain”.

A pintura bicolor é a principal diferença da Trekking para as outras versões do Argo – o preto domina o teto (com as barras longitudinais exclusivas), a coluna central e o aerofólio traseiro, além de um aplique trapezoidal preto no centro do capô, que traz o logo de aspecto tribal da configuração (lembra dois triângulos sobrepostos). Também são escurecidos os faróis com design em leds, as molduras das caixas de rodas, a parte inferior do para-choque traseiro e os retrovisores externos elétricos, que têm função Tilt Down (rebatimento automático do direito ao acionar a ré) e indicadores de direção. O estilo é reforçado pela logomarca em cromo negro e pelos adesivos com a nomenclatura “Trekking” na carroceria, na parte baixa das portas traseiras e em uma faixa na tampa traseira. A ponteira de escapamento trapezoidal e as rodas de aro 15 com calotas são enegrecidas, assim como as molduras plásticas que contornam as laterais e caixas de roda. No teto, próximo ao para-brisa, aparece um pequeno logotipo da versão, em tom laranja. Dois acessórios da Mopar são exclusivos da variante: as barras transversais de teto (para transportar cargas) e o suporte para bicicleta, apoiado nas barras transversais, que são item de série específicos da configuração aventureira. O único pacote opcional oferecido é o Trekking Top, que custa R$ 2.990 e incorpora ar-condicionado digital, bancos e volante em couro sintético e partida por botão com chave presencial.

Por dentro, além da alavanca de câmbio automático na versão AT, o Argo Trekking incorporou um novo volante, que agrega os comandos de rádio e telefone. O tecido escuro dos bancos ressalta as costuras alaranjadas, a área central com textura quadriculada e o logotipo Trekking bordado. O quadro de instrumentos de 3,5 polegadas multifuncional traz relógio digital, calendário e informações do veículo em TFT personalizável. O computador de bordo informa distância percorrida, consumo médio, consumo instantâneo, autonomia, velocidade média e tempo de percurso. O iTPMS dá o monitoramento da pressão dos pneus. O sistema multimídia Uconnect de 7 polegadas “touchscreen” tem conectividade com Apple CarPlay e Android Auto, Bluetooth, duas entradas USB, sistema de reconhecimento de voz e câmera de ré, incluindo sensor de estacionamento traseiro com visualizador gráfico.

Sob o capô do Argo Trekking está o motor Firefly 1.3 de quatro cilindros naturalmente aspirado, com duas válvulas por cilindro, que entrega uma potência de 98 e 107 cavalos a 6.250 rpm e 13,2 kgfm a 4 mil rpm e 13,4 kgfm a 4.500 mil rpm de torque com gasolina e etanol, respectivamente. É o mesmo que move a versões Drive 1.3 do Argo e do Pulse e as mais caras da Strada. Trabalha associado à transmissão continuamente variável (CVT) de 7 marchas simuladas e modo “Sport”. A diferença desse câmbio CVT para o automático é que ele não usa engrenagens e sim duas polias, variando constantemente para deixar o motor girar na rotação ideal. O Hill Holder, sistema ativo de freio com controle eletrônico, que auxilia nas arrancadas do veículo em subida, é de série na versão. Segundo o Programa de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, o consumo com etanol é de 8,9 km/l na cidade e de 10,1 km/l em rodovia. Com gasolina, o Inmetro aponta 12,7 km/l no uso urbano e 13,9 km/l no rodoviário. 

Em 2023, o Argo aparece como o sétimo automóvel mais vendidos do país, com 31.921 unidades emplacadas no primeiro semestre e média mensal de 5.320. Praticamente, ao mesmo nível de vendas de 2022, quando foram emplacadas mensalmente 5.335 unidades. Mas o melhor ano de vendas do hatch foi 2021, quando foram emplacadas as 84.656 unidades que deixaram o modelo na terceira posição no ranking – média de 7.054 emplacamentos mensais.

Experiência a bordo

No Fiat Argo Trekking, com seus detalhes que evocam o estilo aventureiro, quatro adultos acomodam-se sem dificuldades, com razoáveis vãos para a cabeça e as pernas de quem se senta atrás. Os bancos são revestidos em tecido escuro texturizado, com costuras em laranja, com o logotipo da versão bordado no encosto. O interior usa e abusa do preto, com apenas alguns frisos no volante e no console prateados e as saídas de ar cromadas. No console central, há apenas um porta-copos, e no painel, um pequeno porta-objetos. Os plásticos são rígidos, com montagem de bom padrão. O volante é regulável em altura, mas não em distância.

De série, a versão mais cara do hatch da Fiat traz ar-condicionado, central multimídia UConnect com tela “touch” de 7 polegadas, conectividade com celulares e sistema de reconhecimento de voz, alarme, controle remoto na chave para travas, vidros e tampa do porta-malas, direção e retrovisores elétricos, faróis de neblina, sensor de obstáculos traseiro, volante multifuncional e computador de bordo. No geral, a ergonomia e a visibilidade do Argo Trekking não deixam a desejar.

Impressões ao dirigir

Com seus 109 cavalos de potência e torque de 14,2 kgfm, quando abastecido com etanol, o motor aspirado Firefly 1.3 de quatro cilindros move sem maiores dificuldades os 1.170 quilos da versão aventureira do Argo. Embora o torque máximo só apareça em 3.500 giros, a maior parte dele já está disponível nas baixas rotações, o que confere a necessária agilidade às acelerações – com o auxílio do eficiente câmbio CVT de 7 marchas (longas) simuladas. O tempo em que os câmbios CVT deixavam os carros monótonos e barulhentos felizmente está ficando no passado. O motor se torna mais ruidoso somente se o motorista pisar até o fim do curso do acelerador. A transmissão tem três tipos de utilização – automático, manual e sport – e o conjunto embala de forma convincente nas retomadas e, sempre que há demanda expressa pelo pedal da direita, o ganho de velocidade é consistente. A direção com assistência elétrica funciona com eficiência – leve nas manobras de estacionamento e mais firme nas velocidades mais altas.

O Argo Trekking com câmbio CVT tem 18,2 centímetros de vão livre em relação ao solo – são 21 centímetros na versão com câmbio manual de 5 marchas. Apesar da redução, o modelo ainda consegue passar com desenvoltura por lombadas, valetas e outros obstáculos urbanos. O ajuste correto da suspensão ajuda a performance nas trilhas e não deixa a carroceria adernar demais nas curvas rápidas. O Argo Trekking roda em pisos irregulares mantendo o comportamento dinâmico correto demonstrado no asfalto. A absorção de impactos pela suspensão funciona bem – sem pancadas secas nos amortecedores –, e o Argo aventureiro transmite sensação de consistência em terrenos esburacados. Os providenciais controles eletrônicos de tração e estabilidade (TC + ESC) e o assistente de partida em rampas ajudam a tornar esse hatch que queria ser um crossover ainda mais confiável. Os exatos R$ 10 mil que separam o preço inicial da versão Trekking AT do valor cobrado pelo SUV Pulse 1.3 AT são o suficiente para deixar dúvidas sobre a melhor escolha.

Ficha técnica

Fiat Argo Trekking AT

Motor: dianteiro, transversal, flex, 1.332 cm³, com quatro cilindros, de 70 mm de diâmetro e 86,5 mm de curso, e oito válvulas, com comando único

Potência: 101 cavalos (gasolina) a 6 mil rpm e 109 cavalos (etanol) a 6.250 rpm

Torque: 13,7 kgfm (gasolina) e 14,2 kgfm (etanol) a 3.500 rpm

Transmissão: automática tipo CVT com 7 marchas simuladas, tração dianteira

Suspensão: MacPherson na dianteira e eixo de torção na traseira

Rodas e pneus: liga leve 6.0 x 15" e pneus 205/60 R15 de uso misto Pirelli Scorpion ATR

Freios: discos sólidos na dianteira e tambores na traseira

Direção: assistida eletricamente e progressiva

Dimensões: 3,99 metros de comprimento, 1,72 metro de largura, 1,56 metro de altura (com a barra no teto) e 2,52 metros de distância de entre-eixos

Peso: 1.170 kg

Vão livre em relação ao solo: 18,2 centímetros

Tanque de combustível: 48 litros

Porta-malas: 300 litros

Preço: R$ 97.990, na cor Preto Volcano. As cores sólidas Vermelho Montecarlo (a do modelo testado), Branco Banchisa e Cinza Strato, todas com teto Preto Volcano, acrescentam R$ 950. O pacote Trekking Top (presente no modelo testado) custa R$ 2.990




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Postado por Nathália Coelho, no dia 20/07/2023 - 10:20


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