Pouco mais de 1 ano após o seu início – e sem data na agenda para acabar – a pandemia de covid-19 segue fazendo mais e mais vítimas. Além das 300.685 mortes no Brasil (até 24/03), há setores que agonizam sem uma pausa para respirar. Segundo dados da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), mais de 350 mil eventos deixaram de ser realizados em 2020 (o número inclui shows, festas, congressos, rodeios, eventos esportivos e sociais, teatro, entre outros), o que fez com que o setor deixasse de faturar, ao menos, R$ 90 bilhões. Hoje, 97 em cada 100 empresas não estão trabalhando e cerca de um terço fechou suas portas. E um terço das empresas vai ter muita dificuldade para reabrir.
É com essa realidade que convive a Espaço Prime Fest. Criada há 4 anos, a empresa viveu o último deles praticamente de portas fechadas, como relatam os empresários Fábio Acácio Lôbo e Lidiane Santos Lôbo. “O impacto é enorme, já que fomos o primeiro setor a interromper nossas atividades e último a voltar ao funcionamento. Daí obtivemos a liberação para funcionar por pouco mais de 1 mês e fomos proibidos novamente. E é muto difícil precisar um prazo para nos recuperarmos financeiramente, já que estamos vivendo essa instabilidade com maior força ainda em nosso setor de eventos, o mais prejudicado”, explica.
Conforme destaca a Abrape, o setor segue parado por obrigação – e não por falta de clientes. Levantamentos realizados pela associação mostram que, em julho de 2020, o percentual de pessoas dispostas a ir a eventos era de 25%. Em janeiro de 2021, o número chegou a 58%. “Não tem como ignorar 58% das pessoas. Elas vão a um evento, você legalizando e regularizando ou não. E isso é a realidade. O fato é que a demanda existe. Ela pode ser atendida por um operador regular ou ela vai acabar indo pra informalidade. Ninguém está fazendo aqui uma ameaça. O fato é que a gente tem convicção de regulamentar a retomada do setor, além de diminuir o problema econômico, aumenta os cuidados com saúde e com a legalidade. É diferente perder 10%, 15%. Nosso setor perdeu 100%", justifica a entidade.
A retomada das atividades com a observação rígida dos protocolos sanitários também é defendida pelos proprietários da Espaço Prime Eventos. “Acredito que, desde o início, poderíamos estar trabalhando, seguindo todos os protocolos recomendados. Isso é possível e sempre foi. A liderança da volta dos eventos de Lafaiete apresentou aos gestores protocolos seguros, desde que houve diálogo com os mesmos. A nossa equipe está preparada, com toda certeza. Nós nos capacitamos por meio de cursos para essa retomada com segurança, seguindo todos os protocolos necessários”, asseguram Lidiane e Fábio Lôbo.
Diante da impossibilidade de se precisar um fim para a pandemia, os empresários defendem a adoção do novo normal (vírus x trabalho) também para o setor de eventos: “Há setores que, adotando os devidos cuidados, não pararam em momento algum dentro da pandemia. E se funcionam em alguns setores, funcionam em todos: o vírus não escolhe onde quer estar, basta todos se conscientizar e continuarmos nossa vida em um novo normal até o fim dessa pandemia. A fome também mata, e se tudo continuar como está, em um breve tempo, estaremos vivendo ainda mais um caos, com famílias sem conseguir o mínimo, que é o seu alimento na mesa. A realidade não é igual para todos”, finalizam.
Auxílio para o setor
O setor estima que apenas entre março e dezembro do ano passado 3 milhões de pessoas tenham perdido o seu trabalho só no setor de eventos. Por isso, empresários pedem a aprovação, pela Câmara, do projeto de lei que cria um programa emergencial de retomada e facilitação do parcelamento das dívidas de impostos. O segmento representa 13% do Produto Interno Bruto (PIB) e tem 60 mil empresas que dependem diretamente da realização de eventos para funcionar, além de 2 milhões de microempresários. Para tentar minimizar os danos, empresários se reuniram para apoiar o projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados e que prevê facilidades em cima dos impostos tributáveis, assim como o abatimento de 70% nas multas e juros, além de outras medidas para garantir a sobrevivência do setor. Para a Abrape, “é importante reconhecer que é a incerteza que prejudica o planejamento. Se tiver uma imunização coletiva muito alta, isso possibilitará a volta de aglomerações mais rapidamente".
Serviço
Espaço Prime Fest
Endereço: rua Marília Bernardina, 419 Rochedo.
Telefones: 9 8679-3966 / 9 8915-7906
Instagram: @espacoprimefestoficiald
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Postado por Clara Maria, no dia 04/04/2021 - 20:09