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Região


Segundo IBGE, população de sete cidades da região encolheu



 

A mais recente estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela um dado curioso: em 10 anos, o número de moradores encolheu em sete das 19 cidades da região. Foi em Rio Espera que esse fenômeno pôde ser observado com maior força: a população caiu de 6.070 em 2010 para 5.402 em 2020 (-11%). Uma situação bem semelhante foi observada em Jeceaba (-10,06%). Outros municípios que viram sua população ser reduzida foram Itaverava (-7,42%), Caranaíba (-3,71%), Capela Nova (-2,54%), Lamim (-2,11%) e Santana dos Montes (-1,49%). 

De uma maneira geral, a soma dos habitantes da área analisada cresceu 8,74%, indo de 311.465 para 338.677. A título de comparação, essas 27.212 pessoas somam um número maior que o total de habitantes de Carandaí – 4ª maior da região. Os dados mostram que Lafaiete concentra, sozinha, 38,2% de toda a população da região. No outro extremo está Queluzito, que abriga, apenas, 0,57% dos moradores da área. Com um crescimento populacional de 11,24% e saltando de 116.512 para 129.606 moradores, Lafaiete manteve, com folga, o posto de maior cidade da região, mas foi nas cidades vizinhas de Congonhas (+13,99) e Ouro Branco (+13,04%) que a população mais cresceu: na Cidade dos Profetas, a população subiu de  48.519 para 55.309. Já os ouro-branquenses foram de 35.268 para 39.867. Em Carandaí, o crescimento foi 9,95%.

De acordo com a análise feita pelo gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Mitsuo Minamiguchi, os dados reforçam a percepção de que os municípios pequenos estão perdendo moradores, en­quanto os médios crescem – ao mesmo tempo em que as maiores cidades estão estabilizadas em termos de crescimento populacional. “Na incapacidade dos grandes centros se expandirem e proverem habitação para todos, é natural que as novas famílias procurem áreas periféricas, fazendo com que os polos regionais tenham cada vez mais atratividade”, ressalta.

Densidade demográfica

A geografia trabalha com dois conceitos que não raras vezes são alvo de confusão: populoso refere-se a um determinado lugar que possui elevada população absoluta (número total de habitantes). Já povoado está relacionado ao número de habitantes por quilômetro quadrado, ou seja, à densidade demográfica de um determinado lugar. Analisando sob esse prisma, as maiores cidades da região também são aquelas mais povoadas: Conselheiro Lafaiete (314,69 hab/km²), Congonhas (159,57 hab/km²), Ouro Branco (136,31 hab/km²) e Carandaí (48,06 hab/km²) encabeçam a lista. Na outra ponta estão Queluzito (12,12 hab/km²) e Casa Grande (14,23 hab/km²).

O país chegou a 211,8 milhões de habitantes em 2020, crescendo 0,77% em relação ao ano passado. O estudo, com data de referência em 1º de julho, mostra que 21,9% da população está concentrada em 17 municípios, todos com mais de um milhão de habitantes, sendo que 14 são capitais estaduais. Com apenas 776 habitantes, Serra da Saudade (MG) é a cidade brasileira com menor população. No ranking dos estados, São Paulo segue como o mais populoso, com 46,3 milhões de habitantes, concentrando 21,9% da população total do país, seguido de Minas Gerais (21,3 milhões de habitantes), e do Rio de Janeiro (17,4 milhões). Os cinco estados menos populosos, que somam cerca de 5,7 milhões de pessoas, estão todos na Região Norte: Roraima, Amapá, Acre, Tocantins e Rondônia.

O que são as estimativas populacionais

As estimativas populacionais municipais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios e são referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos. Esta divulgação anual obedece ao artigo 102 da Lei nº 8.443/1992 e à Lei complementar nº 143/2013. Como a pandemia impediu a realização de um novo censo (procedimento que ocorre a cada 10 anos e que estava previsto para 2020), as populações dos municípios foram estimadas por procedimento matemático e são o resultado da distribuição das populações dos estados, projetadas por métodos demográficos, entre seus diversos municípios. O método baseia-se na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010) e ajustadas. As estimativas municipais também incorporam alterações de limites territoriais municipais ocorridas após 2010.




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Postado por Redação, no dia 16/10/2020 - 10:39


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