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Silvio Lopes


Os Castelos do Brasil



Um castelo de cartas se encontra ruindo a passos largos. Toda aquarela – pintura – veio marcada com traços fortes. As cartas já estavam marcadas com traços fortes. Era uma utopia, que enganou à todos. Foi montada por uma diferenciada interpretação da lei. Foi a lei do mais forte, escondendo, ocultando, interpretações teleológicas. Era o Estado agigantado coatando uma troca de favores a longo prazo. Felizes pela mantença no lugar comum dos menos afortunados. O “saudoso” ministro, desinteressado, não ocupa mais a posição antropofágica, era uma andrologia sem tamanho.

Cediço que a República de Curitiba, não será mais a mesma. Não haverá castelos blindados e a telefonia estará viajando para Saturno. O Brasil deve ser revisitado, no que tange à disparidade das forças e leis disponíveis aos abastados e aquelas “disponíveis” aos fragilizados, não de forma subnotificada – ato ou efeito de subnotificar ou de notificar menos do que seria esperado ou devido. Entendeu-se de passar a “limpo” toda sorte de fatos políticos, sociais, econômicos e a própria lei. Nesse mister as atribuições foram dadas ao oportunistas e comerciantes de plantão. Jamais visitaram um “presídio”, local onde se “ressocializa”, ou as comunidades carentes de tudo.

Os que nasceram do bom berço, integrantes do Estado, jamais levaram-no onde é dever estar. Não vislumbrei constrangimento estampado na face de quem vai “receber boa pensão”, ainda que não seja indicado para ocupar uma cadeira no STF. A realidade vislumbrada é que formações pretensamente acordadas, se mostraram e estão se mostrando díspares, desiguais, diferentes, agora, encantoadas – postadas num canto, afastadas do convívio – mesmo porque nada se firma em terreno arenoso e nada preparado. Ele se vai, fica, entretanto, seu legado sustentando “encarceramento” maior, no país que ocupa o terceiro lugar no mundo, em termos de população carcerária.

Que seja esquecido e proibido mencionar “que um país se faz com homens e livros”. É a lei mais violenta que a violência do fato. Lobão acertou quando escreveu “MANIFESTO DO NADA NA TERRA DO NUNCA”. Diante da “queda” das cartas nesse jogo todo, fica o concerto – combinação entre pessoas ou entidades – esperando outra carta. Sabe-se, opinião do Eutrópio, que anda sóbrio, que tudo vai desabar, mais cedo ou mais tarde, principalmente porque vedado com betume.

Sílvio Lopes de Almeida Neto
Abril 24, 2020



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Escrito por Silvio Lopes, no dia 24/04/2020

Silvio Lopes de Almeida Neto


Advogado

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