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Amanda Oliveira


Conheça a diabetes gestacional e saiba quais são seus riscos



O diabete melito é uma doença metabólica crônica caracterizada por um aumento da taxa de açúcar no sangue. É comumente encontrada durante a gestação, sendo responsável por índices elevados de morbimortalidade perinatal, especialmente devido aos fetos muito grandes (macrossômicos) e a presença de malformações fetais.

A ocorrência de anomalias congênitas em crianças de mães diabéticas está relacionada à presença de níveis aumentados de glicose no início da gestação.

O diabete gestacional é uma condição de intolerância aos carboidratos, de graus variados de intensidade, caracterizado pelo seu início ou seu primeiro reconhecimento durante a gestação, podendo ou não persistir após o parto.

O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue. O diabetes acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque este hormônio não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina). A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar dentro das células, para ser utilizado como fonte de energia. Portanto, se houver falta desse hormônio, ou mesmo se ele não agir corretamente, haverá aumento de glicose no sangue e, consequentemente, o diabetes.

O diabetes gestacional é geralmente diagnosticado entre a 24ª e 28ª semanas de gravidez ( 6 a 7 meses), quando a resistência à insulina geralmente começa. Se você já teve diabetes gestacional antes ou tem alto risco para desenvolver o problema, pode fazer os exames antes da 13ª semana de gravidez.


Sintomas  de  diabetes  gestacional

A doença é assintomática, logo é preciso fazer exames periódicos durante toda a gravidez, principalmente entre as semanas 24 e 28 (6 e 7  meses). É importante fazer esses exames uma vez que o açúcar elevado no sangue pode causar problemas para você e seu bebê.

Às vezes, o diabetes gestacional pode causar sintomas.

Aumento da sede
O aumento da micção
O aumento da fome
Visão turva.
 

Causas  do diabetes  gestacional

A causa é idiopática, mas durante a gravidez, a placenta, que liga o seu bebê para seu suprimento de sangue, produz altos níveis de vários hormônios. Quase todos eles prejudicam a ação da insulina nas células (diabetes induzida), aumentando o nível de açúcar no sangue. Consequentemente uma elevação modesta de açúcar no sangue após as refeições é normal durante a gravidez.

Conforme seu bebê cresce, a placenta produz mais e mais hormônios que atuam no bloqueio de insulina. No diabetes gestacional, os hormônios placentários provocam um aumento do açúcar no sangue em um nível que pode afetar o crescimento e o bem-estar do bebê.

 

Fatores  de  risco  para  o  diabetes  gestacional

Qualquer mulher pode desenvolver diabetes gestacional, mas algumas mulheres estão em maior risco, são eles:

  • Idade superior a 25 anos
  • Histórico familiar de diabetes
  • Diabetes gestacional anterior
  • Bebês de gestações anteriores que nasceram com mais de 4 kg
  • Gestações anteriores com bebê natimorto inexplicável
  • Tolerância à glicose diminuída ou glicemia de jejum alterada (níveis de açúcar no sangue altos, mas não o suficiente para ser diabetes)
  • Aumento do líquido amniótico (uma condição chamada de polidrâmnio)
  • Excesso de peso antes da gravidez
  • Ganho excessivo de peso na gravidez
  • Raças negra, hispânica, indígena ou asiática.


Diagnóstico  para  diabetes  gestacional

  • Curva glicêmica

O exame de curva glicêmica mede a velocidade com que seu corpo absorve a glicose após a ingestão. O paciente ingere 75g de glicose e é feita a medida das quantidades da substância em seu sangue em jejum, uma hora e duas horas após a ingestão.

 

Complicações  do  diabetes  gestacional  para  o bebê
 

  • Peso excessivo ao nascer
  • Nascimento de bebê prematuro
  • Síndrome do desconforto respiratório
  • Hipoglicemia logo após o nascimento
  • Diabetes tipo 2 mais tarde na vida
  • Diabetes gestacional não tratada pode levar à morte de um bebê antes ou logo após o nascimento.
  • Complicações  do  diabetes  gestacional  para as  gestantes
     

O diabetes gestacional também pode aumentar o risco da mãe de ter:

  • Pressão arterial elevada e pré-eclâmpsia
  • Diabetes no futuro
     

Entre as mulheres com história de diabetes gestacional que atingem o seu peso corporal ideal após o parto, menos de 1 em cada 4 eventualmente desenvolve diabetes tipo 2.

No pós-parto, os níveis de glicemia devem ser monitorados. A maior parte das pacientes não requer mais o uso de insulina.

As mulheres que desenvolvem diabete gestacional têm maior chance de desenvolver diabete melito com o passar dos anos e o aleitamento natural deve ser estimulado, mesmo que o bebê apresente maiores dificuldades em estabelecer a amamentação.

 

Prevenção  do  diabetes  gestacional

O tratamento inicial consiste em estabelecer uma dieta adequada para controlar a glicemia da mãe, proporcionando um adequado aporte nutricional para o feto.

Não existe um método específico para a prevenção, uma dieta equilibrada, uma hidratação correta, atividade física constante, o monitoramento glicêmico, a manutenção do peso em eutrofia, além de outros fatores serão medidas de controle e prevenção da diabetes gestacional.

O tratamento com insulina deve ser instituído pelo médico se não for possível manter níveis de glicemia adequados somente com a dieta ou se ocorrer crescimento fetal exagerado. O adoçante indicado é a base de sucralose.  

Consuma:

  • Verduras cruas;
  • Frutas Carnosas (molhadas);
  • Legumes de um modo geral, porém em quantidades moderadas e não associados a mais de 1 carboidrato;
  • Produtos Diets, mas cuidado com as calorias, pois alimentos Diets são isentos de açúcar e não de calorias;
  • Sucos naturais de limão, carambola, acerola e caju; são os mais indicados;
  • Inicie as grandes refeições (almoço e jantar) pelas saladas cruas;
  • Adicione aveia a vitaminas e saladas de frutas;
  • Use adoçante em vez de açúcar;
  • Utilize limão, alho e ervas para temperar saladas;
  • Prefira pães integrais e de centeio;
  • Ervilha, grão-de-bico, soja;
  • Café e chá sem açúcar;
  • Caldo de carne magra (preferivelmente feito em casa);
  • Canela.

Alimentos proibidos:

  • Carne de porco;
  • Creme de leite;
  • Queijos amarelos;
  • Frituras;
  • Molhos e temperos industrializados, frios e embutidos (salame, salsicha, mortadela, lingüiça etc.).
  • Não coma doces;
  • Evite biscoitos, bolos e broas;
  • Evite massas como arroz, macarrão, etc;

A água da fervura dos vegetais é rica em sais minerais; procure utilizá-la em sopas.

O uso da frutose deve ser evitado pelo diabético, se não houver um controle e acompanhamento médico. Mas não é considerado prejudicial em pessoas que mantêm controle constante.

Alimentos diet são os que apresentam em sua composição redução ou ausência de açúcares, mas é preciso tomar um certo cuidado pois alguns apresentam frutose em sua fórmula, que também é considerada açúcar e contém calorias.

O exercício é indicado para as pessoas de um modo geral, inclusive para os portadores de diabetes. Assim, é conveniente que se torne um hábito, mesmo que seja em pequena escala. Mas lembre-se: antes de começar um exercício, procure orientação médica.

O diabético deve sempre consultar um médico e seguir os tratamentos indicados.

 

 

 



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Escrito por Amanda Oliveira, no dia 17/04/2020

Amanda Oliveira


Nutricionista esportiva e clinica funcional

amandaoliveira.nutri@gmail.com
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