Tempo em Lafaiete: Hoje: 29° - 15° Agora: 27° Quarta, 24 de Abril de 2024 Dólar agora: R$ 5,152 Euro agora: R$ 5,502
Pesca


Lagoas marginais do médio São Francisco têm cheias e se recuperam da seca



P. de Souza
Repórter e pescador inveterado


Após sete anos de seca, as lagoas marginais do médio São Francisco, na região dos municípios mineiros de Manga e Matias Cardoso, apresentaram cinco picos de cheia, no último período chuvoso. Cinco das seis lagoas que são monitoradas pelo projeto “Integridade Ecológica de Lagoas Marginais do rio São Francisco das Minas Gerais Integrada com a Operação Otimizada da Usina Hidrelétrica de Três Marias” receberam águas do São Francisco e se encheram, completando integralmente seus volumes. A última vez que aconteceu uma cheia como esta foi em 2012. O projeto é uma parceria entre a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), a Agência Peixe Vivo (APV) e Grupo Carta Morrinhos.


Enchentes desse porte são muito importantes para o meio ambiente e para a fauna do rio. O responsável pelo monitoramento das lagoas marginais pelo projeto, Francisco de Assis Pereira (Grupo Carta Morrinhos), explica o que acontece nessas cheias: “O rio joga as águas para as lagoas marginais, milhares de peixes têm oportunidade de sair do rio para botar seus ovos nas águas das lagoas, onde a desova e os alevinos resultantes estão mais protegidos de predadores e podem crescer com mais segurança”.


“Este ano observamos também a dita ‘cheia reversa’, uma dinâmica hidrológica que ocorre entre as lagoas quando elas recebem as águas de outro curso d’água, afluente do rio São Francisco, no caso das lagoas monitoradas, as águas são do rio Itacarambi”, acrescentou.


Francisco de Assis esclareceu ainda que há muitos anos as lagoas vinham sofrendo com a pouca quantidade de água, e que agora é uma boa oportunidade para a recuperação. “Desde 2012, o rio São Francisco não recebia uma enchente de tão grandes proporções. Porém, no fim do mês de fevereiro e na primeira semana de março, a espera acabou e o rio encheu de tal forma que derramou água em todas as várzeas da região. O aumento da defluência da UHE Três Marias, via abertura de seu vertedouro, ocorrida no mesmo período, contribuiu muito para isso. Esse é exatamente um dos itens a serem estudados, pelo projeto”, disse.

 



Você está lendo o maior jornal do Alto Paraopeba e um dos maiores do interior de Minas!
Leia e Assine: (31)3763-5987 | (31)98272-3383


Escrito por Pesca, no dia 16/04/2020




Comente esta Coluna