Com certeza, você já deve ter visto, ouvido falar de alguém ou até se tratado de alguma dermatite: uma reação alérgica da pele que gera sintomas como vermelhidão, coceira, descamação e formação de pequenas bolhas cheias de líquido transparente, que podem aparecer em algumas áreas do corpo ou espalhadas pelo corpo todo. A doença pode surgir em qualquer idade, até mesmo em bebês, principalmente por alergia ou contato da fralda com a pele. Não é transmitida por contato direto ou por objetos de uso pessoal e, na maioria dos casos, o tratamento é feito com base em remédios e cremes de indicação dermatológica.
O que você talvez não saiba é que, em alguns casos, a alimentação pode ser um importante fator no tratamento dessa doença – seja excluindo alimentos geradores dessa dermatite ou oferecendo ao organismo meios para se defender. “Não há cura definitiva no que se refere à nutrição, mas sabe-se que alimentos alergênicos, como leite, glúten, aditivos alimentares, trigo, soja, frutos do mar (camarão, ostra), ovos, amendoim, e carne de porco são responsáveis pelos sinais da dermatite atópica. A exclusão destes alimentos reduz as manifestações dermatológicas”, orienta a nutricionista Amanda Oliveira.
Outra estratégia que tem oferecido bons resultados é a administração de probióticos (bactérias boas), principalmente bifidobactérias. “Eles possuem ação imunomodulatória sobre o sistema imune adaptativo e inato intestinal, melhorando a barreira mucosa intestinal e reduzindo a produção de substâncias inflamatórias no trato digestivo. Outro suplemento indicado é o ácido gama-linolênico (GLA), presente nos óleos de borragem e prímula. Possui efeitos anti-inflamatórios na pele, diminuindo a coceira e o ressecamento. A curcumina, presente no açafrão da terra, e a piperina, presente na pimenta do reino, são excelentes anti-inflamatórios naturais, atuando como corticoide natural sem intercorrências clínicas”, lista.
Ainda segundo Amanda Oliveira, a modulação intestinal e imunológica é essencial. “O intestino (2° cérebro humano) é responsável pela absorção de nutrientes provindos da alimentação e por 70 % do nosso sistema imunológico. Logo, manter uma microbiota saudável através de alimentos saudáveis e de nutrientes imunomoduladores fará toda a diferença. Diminuir processos inflamatórios, melhorar a resposta imunológica, gerenciar o silenciamento de processos alérgicos são funções do nutricionista. Somente a Nutrição sabe como orquestrar e equilibrar os nutrientes em prol da melhora da saúde e prevenção / controle das dermatites”, destaca.
Sobre a dermatite - Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), há dois tipos de dermatite de contato: a alérgica e a irritativa. A alérgica é a alergia ou a sensibilidade a alguma substância, como níqueis, metais e algumas fragrâncias. A mais comum é a dermatite de contato irritante, que ocorre quando há a irritação da pele após o contato com produtos químicos, ácidos, detergentes ou sabonetes. Já a dermatite atópica (DA) é uma doença genética crônica, que, nas últimas duas décadas, também, vêm sendo considerada um transtorno de desregulação do sistema imune. Seu surgimento é mais comum nas dobras dos braços e na parte de trás dos joelhos, caracterizando-se por pele seca, erupções que produzem coceiras e crostas, não apresentando contágio por contato.
Alimentos que ajudam - Peixe: Os ácidos gordos ómega 3 encontrados no peixe, como no salmão, atum, sardinhas ou mesmo no marisco, possuem propriedades anti-inflamatórias que combatem os danos causados pela exposição prolongada ao sol. Legumes folhas verdes: A vitamina A combate o envelhecimento precoce, a formação de escamas e a desidratação. Também é essencial para a renovação celular e promove o crescimento de nova pele. “Os espinafres e brócolis, por exemplo, são excelentes fontes de vitamina A”, completa a nutricionista. Citrinos: A vitamina C é um antioxidante muito poderoso que pode manter o colágeno na estrutura da pele e impedir a flacidez. “Laranjas, mexericas, limões e limas são também excelentes escolhas”, alerta.
Água: a água estimula o trânsito intestinal e a eliminação de toxinas do organismo, impedindo que o seu acúmulo seja refletido na pele. “A ingestão recomendada é de oito copos ou 2 litros/dia. Se não houver boa hidratação, podem ocorrer constipação intestinal, aumento de celulite, problemas renais, pele e cabelos ressecados e desidratados. Para aumentar a hidratação, é necessário obrigar-se a beber água. Um bom parâmetro para verificar maior necessidade de líquido é a cor da urina (quanto mais escura, maior a necessidade de água)”, finaliza Amanda Oliveira.
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Escrito por Amanda Oliveira, no dia 19/08/2019
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